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Pezinhos de lã

Pezinhos de lã

Natal outra vez

Aproxima-se o Natal, outra vez.

Como hábito,  montei o pinheirinho, pendurei as luzes e arranjei um cantinho para o presépio. Por momentos, senti o coração cheio da ternura que se tem na infância, no tempo em que o tempo pára e que o Natal nos embala no sonho e na esperança de um mundo melhor, ao ritmo do piscar da gambiarra. Azul, amarelo, vermelho, verde... há como que uma urgência nesse ritmo frenético de cores, uma sede infinita de iluminar as nossas salas e casas, as nossas vidas, de iluminar o mundo...

As prendas, ansiosamente depositadas, alegram o chão castanho e frio, com os seus laços, entrelaçados de vermelho e dourado. É  uma espécie de alegria embalada, consensualmente adiada, mas certa, embora na incerteza de agradar...

Aproxima-se o Natal e, como hábito, o ambiente mágico e festivo não chega a todos: fora da nossa casa, na vida real, o mundo continua às avessas, às escuras, desorientado, e não há estrelas capazes de guiar a humanidade num caminho certo, de paz e de perdão. A malvadez e a monstruosidade do ser humano chocam os mais descuidados, incrédulos perante as imagens que os ecrãs enfatizam, diariamente..

Não se entende como a humanidade volta a cometer os mesmos erros, como se repetem as atrocidades de outrora. Não se aprendeu nada, com o passado, com a História?

É Natal, outra vez, mas não para todos...

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